Eu tenho uma mania que não me importo com ela, alias até gosto dela. É ela: eu gosto de formular preconceitos dos outros. Sim, eu olho pra a cara, semblante, estilo, etc da pessoa e penso em um conceito ou numa característica dela. Calma gente, os meus preconceitos são os melhores possíveis. É a partir dele que decido em conhecer a pessoa ou não. Não me preocupo, pois o rosto é a porta de entrada em nós, ou seja, ele é quem diz quem somos. Isso permitiu que eu conhecesse pessoas ótimas e me afastasse de alguns “pés no saco”.
Para exemplificar o fato digo isso: eu olho para alguém digo qual a musica que a pessoa gosta, se ela é brincalhona, comunicativa, “gente boa”, o estado de alma, entre outros. Só que eu me deparei com um problema. É aqui que o post verdadeiramente começa.
Eu olho pra inúmeras pessoas e posso conceitua – las, contudo, quando eu vejo a minha face refletida no espelho não sou capaz quase nem de me reconhecer. É como se eu usasse uma mascara mágica que diz toda a realidade aos outros e esconde-a de mim. Eu olho dentro dos meus olhos e só vejo os castanhos escuros de suas orlas, nem o seu brilho que meio perdido anda sou capaz de perceber. Eu não posso dizer sobre mim o que eu sei. Para mim a minha face é apenas uma grande exclamação. A minha face me é estranha.
Eu busco incessantemente o descobrimento. Quem me conhece já dever ter escutado essa pergunta de mim: Qual a sua primeira impressão de mim. O que você notou a primeira vez que me viu? Sabe? Eu não sei, eu não sei.... talvez essa mascara esteja ai por minha causa. Eu mesmo a outorguei a mim. para me proteger, para manter o enigma... O único problema é que os outros me conhecem verdadeiramente. Talvez seja essa a ma fé proposta por Jean Paul Sartre. Eu tenho a executado com maestria sabe? Mas quem se importa eu faço aquilo que quero e não perturbo ninguém e assim sou um hedonista que faz de tudo para conseguir o prazer, que pra mim e escutar “Quem é você?” eu não sei, sabe? E não tenho raiva de quem sabe, na verdade eu admiro quem sabe. Ser conhecedor de alguém tão assimétrico como eu é uma virtude.
Enquanto a vida corre a toda velocidade possível eu continuo aqui, estagnado, vendo quem passa e o que eles fazem. Como vermes rastejando a toda ligeireza, não sabem quem são, assim como eu, e morro de rir pois eles acham que sabem quem são. Só que não se esqueça eu ainda estou aqui protegido pela minha pseudo mascara que me da a impressão de felicidade e vos mostra a realidade. Enquanto a vida corre pra vocês e vocês tentam segui – la, eu passei com ela nas tardes de inverno da vida com a vida e com a morte, elas me contam tudo sobre vocês e eu aprendo com elas... talvez exista uma pessoa de carne e osso com sentimentos que seja capaz de me tirar desse monótono ritmo. Enquanto você prefere o amor... ah isso eu não tenho preferência... para tal fica em aberto. Quem sou eu? Um dia essa pessoa especial me dirá então não mais passearei com a vida e a morte. Serei uma pessoa comum como vocês que passará a correr atrás da vida achando que sabe quem é. Até esse dia eu continuarei com meu hedonismo hahahh
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